quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Pensando em política

A política é uma... uma... hum... ãhmmm... o que é? Se for uma arte, então deveria buscar o Belo, o que não me parece acontecer na prática. Então, é uma ciência, mas também não é, pois na ciência temos de obter os mesmos resultados quando aplicados os mesmos métodos. E mesmo que possua aspectos de ambos nunca se tornará nem um, nem outro. Quando estamos em época de eleição as duras realidades das leis estabelecidas, dos códigos regimentados sob olhar de todos aparecem e é aí que se espera o melhor de nós, porque quando na hora em que se faz valer os valores da liberdade nem sempre somam-se corretamente todas as forças construtivas. E muitas vezes é justamente quando se percebe uma falha legislativa é que o homem político de bem se envolve. Existe uma série de fatores quando falamos em teorias políticas, existem interesses por traz das bandeiras, e cada sorriso esconde o desejo do poder. O saber político está ligado a não alienação, absolvendo seus opositores de qualquer tipo de pessoalidade. Nesta relação política entre homens pode-se perceber claramente conceitos da Biologia, um dos quais no que se refere por exemplo a Biosfera como sendo um estrutura partidária. Podemos pegar outro exemplo como o hospedeiro que sorrateiramente leva sua vítima ao fim vital, em relação aos políticos corruptos. Será que o caminho para compreender a política seja estudar o ramo dos tipos mais nefastos de manifestações naturais tal como as dos seres mais desprezíveis do mundo, mas que dentro de um contexto de evolução não se extinguiram. Talvez sejamos apenas isso espécies mais fortes querendo passar por cima das mais fracas para sobreviver e a Política seja só uma desculpa para isso.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Momentos

Como pode? Quando li novamente o livro O pequeno príncipe é que me dei conta de uma grande verdade, a gente se torna responsável pelo que cativa, sejam amizades, sejam amores, paixões, ou até mesmo no mundo livre do pensamento que deixamos voar solto, mas que acaba voando pros mesmos lugares. Adoro essa maneira de cultivar cada momento, cada coisa, cada som, como o altar máximo da divindade, não esperar, mas colher agora mesmo em cada instante o fruto desejado da liberdade, da vida que não para nem parará! Que cada momento seja esse momento porque senão eu não os quero, serão momentos apenas de dor e sofrimento, como quando esquecemos quem somos e do nosso valor! Espero viver todos os momentos e olhar pra trás e ver como vi o nosso fusca indo como uma ótima lembrança de grandes momentos vividos nesse altar da vida, ou livro, ou seja o que for!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

2012 - Cadê o respeito?

Não me interessa se vai acabar o mundo! Não me interessa se vai ter guerra! Não quero saber dos problemas que sempre existiram e ninguém quer mudá-los. Mas quando vejo o que vi ontem, eu fico perplexo! O que é arte? Quem pode fazê-la? Quem decidi isso? E quando alguém contrata um artista o que pode ou não pedir dele? O que se pode decidir sobre a arte? Quem a faz? Porque quando vejo uma obra de arte me sinto como que possuído por um impulso pra preservar a obra, como se eu pudesse torná-la eterna no mundo e na minha mente? Porque algumas pessoas destroem as obras de arte? Será que o mundo está dividido entre os que querem ele mais Belo e aqueles que não querem? Se seu corpo fosse uma obra de arte, o que você faria com ele? Quem teria a arrogância de destruir a arte? Quem pode se definir superior aquilo que definimos como o mais Belo, as Artes? Quem são esses seres que andam como humanos entre nós, nos desviam, nos aborrecem, nos punem, flagelam sem dó com sua ignorância, não tem mais nenhum sentido e não desistem!!! Olhem o D.C.E. da UNISC é um exemplo, ano passado ele foi pintado por 3 artistas da região a pedido da gestão do D.C.E., que humildemente na minha opinião foram obras de arte de artistas renomados, no entanto, ontem cheguei lá e o que vi foram paredes brancas, e mal pintadas, diga-se de passagem, devem ter se esforçado muito pela tarefa! O que vai mudar? Os conceitos estéticos estão sendo colocados na questão! Quem vai assumir o que foi feito, os estudantes que administram o prédio, a UNISC é dona! É uma vergonha, espero que isso já tenha chegado na reitoria, tenho certeza que apagar as obras nunca foi ideia deles que sempre apoiarão as causas sociais como a dos grafiteiros. Fica o lamento aos meus amigos Joe Nunes, Rodrigo de Almeida e Leonardo Rodrigues pelas suas obras que agora não existem mais. Sobrou só uma parede branca....

terça-feira, 19 de junho de 2012

Já entendeu a complexidade de uma palavra???

Vejam bem, acabo sempre tocando em algum assunto que parece desmistificado e desvelo os seus problemas. Nesse reflito sobre a palavra, não alguma que foi dita, mas sim sua essência, sua definição em si, o que seria uma palavra? Diria: uma junção de um ou mais fonemas com um significado, nesse caso havendo um significado logicamente se concluirá que deva haver um significante e por isso o significado será a intenção do significante, talvez essa sendo sua essência. Quando olhamos a natureza o que vemos? Eu vejo um mundo em plena comunicação, um sistema altamente funcional, praticamente eterno em sua mutabilidade, sem nenhuma palavra, ou o que vale são os sons e não os significados! Será? Seria uma segunda possibilidade de comunicação, nesse caso o som representaria um anseio, tal como os cães que latem quando vão ganhar comida. Na nossa vida diária também adotamos certas posturas sonoras em determinadas situações, as vezes falamos baixo, as vezes retumbamos por aí! Imaginem agora palavras como AMOR, ou JUSTIÇA, ou BEM, ou até mesmo AMIZADE, quando as proferimos estamos querendo dizer coisas que a gente mesmo definiu, nos desesperamos quando o mundo não corresponde aos nossos conceitos. Eu mesmo não sei como funciona, as vezes sento na frente do computador e começo a escrever, as palavras vão surgindo, juntos com todos seus significados, ou pelo menos aquilo que eu achava...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Estética, Política e Nietzche

Esse texto vai pra um jornal da organização do COBREFIL - Congresso Brasileiro de Estudantes de Filosofia. Me falaram que o texto poderia sofrer alguma mudança de configuração e poderia ser alterado, para adequá-lo. Então resolvi postar aqui o texto completo. Em 1924 surgiu na Alemanha uma escola de pensadores que hoje é conhecida como escola de Frankfurt. Estes pensadores, entre muitas questões, se preocuparam com o problema da industria cultural. Para eles os meios de comunicação estavam passando longe da neutralidade, e por isso serviam aos interesses ideológicos dos poderosos. Através da cultura de massa esses poderiam perpetuar seus ideais. O que quero dizer com isso é que nos dias de hoje ainda presenciamos fatos que perturbam pessoas com um olhar mais atento e crítico, principalmente na mídia e nos jornais locais, perplexo me pergunto: será que "nossos" meios de comunicação estão pautados dentro deste princípio de neutralidade? Desde os tempos antigos a arte serviu aos desejos governamentais, por exemplo, os egípcios já usavam as pirâmides como símbolo de dominação, Alexandre, o Grande, também adotou uma estratégia que até hoje é comum, espalhar estátuas por onde conquistava para que as pessoas o reconhecessem. É inegável a autoridade que reina sobre as artes fazem milênios. Toda essa questão gera um debate, de um lado se a arte está obrigada a satisfazer os desejos de dominação social, ou então, buscar uma inversão disso na própria individualidade, o que me remete a teoria nietzschiniana sobre Apolo e Dionísio. Nietzsche no final do século XIX lança a ideia de que na transição do período moderno para o contemporâneo na história, começou a se desvelar uma nova forma de fazer arte, voltada para o indivíduo, não mais preocupada com as questões sociais (ou políticas), entendendo como “política” essa arte de organização social. Esse período da arte se dominou Romantismo, cujo movimento inicial surgiu através de nomes como Bach, Beethoven, na Música, ou Goethe, na Literatura. Esse período foi marcado por grandes obras de arte, e seguia uma linha oposta aos “poderes”, pois os artistas deixavam-se governar apenas por si mesmos e o seu mundo de sensações. No entanto, em meados dos séc. XX, com o advento da industrialização e da produção de massa surge um novo desafio, conter o poder avassalador que reinaria sobre as formas de expressão, pois, tudo agora deveria ser comercial. Com esse intuito surge a escola de Frankfurt, numa tentativa de estudar esse fenômeno. Lembrando que a industria de massa se apropriou das artes para seu lucro, o que é uma propaganda se não um teatro? Será que o Jô Soares não foi o Sócrates na vida passada?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Amor

Essa semana tive profundas reflexões sobre o Amor! É difícil traduzir em palavras os sentimentos, ainda mais quando estamos fragilizados como eu estava essa última semana por causa de uma gripe que atacou minha garganta, mas é pra isso que serve a linguagem não é mesmo? Como mostraríamos para os outros nosso mundo interior? As vezes esqueço que as palavras não possuem o monopólio da comunicação, as minhas cadelas me mostram isso todo dia, e só no olhar de alguém consigo perceber se está triste ou feliz. Me chamariam de tolo por confiar tanto nos sentidos, mas tolo é aquele que nega sua intuição quando vê algo que sente ser real!!! Esses tempos vi a gravação de um filme, um curta, na hora a interpretação dos atores parecia tão sem... sem... continuidade, sei lá, na produção de um filme o ator vem e sai do personagem a todo momento, o processo é muito industrial, mas na hora q você vê nas quatro linhas a coisa se transforma, cresce, brilha! No teatro se deslumbra algo totalmente diferente, o ator encanta com a maneira como se fantasia de outro, e o faz com tanta habilidade e encantamento, mexe com nosso estado subjetivo! Talvez exista algo de Nietzsche por aí, talvez aquela velha magia dionisíaca se revela no espetáculo eterno do sonho da vida! Talvez o Amor também é algo assim, um doce mergulho no melhor de si mesmo!!!

sábado, 7 de abril de 2012

O início, o meio e o fim

Hoje comecei uma nova abordagem nas eras digitais, vou passar a me comunicar com essa realidade através do meu blog. Porque? Me senti invadido no facebook, orkut, twitter, etc... e não só isso, já fui afrontado de várias formas, as vezes verbais, as vezes na forma de um silêncio, as vezes de forma direta, as vezes indiretamente. Sou uma pessoa pública, entendo que as pessoas queiram saber de mim, por isso, decidi continuar somente pelo blog, assim aqueles que me presam poderão continuar a desfrutar de minha companhia. Outro fator que me fez abandonar as redes é uma coisa facilmente constatável, a MUNDANIZAÇÃO das redes sociais, fenômeno que inclusive já chamou a atenção do criador do facebook, que disse em entrevista estar pensando em uma série de restrições ao uso de ferramentas como compartilhamentos de gifs e outros tipos que tornam o seu perfil no facebook uma árvore de natal. Também prefiro que assim seja, as minha redes tiveram um início, um meio e um fim!!! Agora o que virá? Fique de olho aqui!!!

terça-feira, 13 de março de 2012

Caminhos

Como devo começar este texto? O que devo escrever? Sobre o que falar e como falar? E ainda por cima que decisão tomar quando for necessário? Parece que estamos o tempo todo decidindo! Chega um ponto que decidimos não decidir, ou pensamos que seja assim, na verdade continuamos decidindo. René Descartes, filósofo francês, disse uma vez "penso, logo, existo", talvez isso pode ser interpretado como "decido, logo, existo", ou não? Essa é a pergunta que me faço! Neste caso "pensar" no sentido cartesiano seria uma espécie de capacidade de decidir, por isso ou por aquilo. Podemos a todo momento optar por um caminho ou outro, tentamos antever suas consequências, a chamada prevenção. Coletar, separar, organizar, catalogar, armazenar, documentar, avaliar, refazer, entender, descrever, abranger, escolher, construir, destruir, poluir, conduzir, difundir, emitir, permitir... esses são alguns dos verbos que demonstram nossa herança peculiar, nós decidimos! As vezes me pego decidindo negar a minha vontade, mas pensem como isso é paradoxal, para uma vontade ser aniquilada você tem que criar outra mais forte! Como é possível para uma questão como a que eu propus? Continuo a escolher, portanto. O pensamento agora voa, mas terá que decidir para onde voar!!!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Sobre a vida

O que é estar vivo? Quando podemos dizer que alguém está vivo? -Aquele que respira,diriam - bom, até meu colchão respira, então, ele é um ser vivo! -Aquele que tem coração batendo, conheço pessoas que não tem coração e são consideradas bem vivas! -Aquele que tem consciência, tenho que dizer que existem computadores auto-conscientes! -Os religiosos diriam que se acreditar em Deus, mas novamente tenho que perguntar - e quem não acredita? Essa é uma questão filosófica ou biológica? Cientistas se dividem! O consenso é que um ser para ser considerado vivo deve ser capaz de se reproduzir, evoluir e manter um metabolismo (isto é, produzir energia quando come ou respira). Me chamou a atenção o segundo critério, EVOLUIR, pois reproduzir nós sabemos muito bem que somos capazes, sobre o metabolismo nem se fala, respiramos e comemos do jeito que queremos, agora evoluir... ...esse pensamento me pegou, logo cheguei numa conclusão da lógica do futuro, morreremos pois desaprenderemos a evoluir. A estagnação é a morte! Me pergunto como cidadão com a responsabilidade de um governante, o que faremos pela vida? A velha questão do "pra onde vamos"? O que planejamos (consciente ou inconscientemente) para nosso futuro?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A chuva e Schopenhauer

Na Grécia antiga, as explicações sobre os fenômenos meteorológicos era atribuídas aos deuses, haviam deuses do vento, do mar, das tempestades, do sol, da chuva, etc.. Os antigos não conseguiam explicar racionalmente tais acontecimentos. O tempo foi passando e pouca coisa mudou, na idade média o culto aos deuses do tempo prevalecia. Só que um dia surgiu um filósofo que ousou explicar de outra maneira o mundo material, Arthur Schopenhauer. Segundo Arthur, o mundo é apenas a representação de uma vontade que seria a matriz de tudo, a essência do mundo. Essa vontade se manifesta de diferentes formas, indo da mais densa forma de matéria até os níveis mais sutis. O clima seria mais uma dessas facetas da vontade. Nos últimos dias Santa Cruz do Sul apresentou temperaturas absurdamente elevadas, com tal força que a parecia que a própria vontade estava se torturando, pois do outro lado estavam outras de suas manifestações, como as árvores, animais, os humanos, os rios, enfim, muitos sofrendo com sua perversa representação. Então, como que numa eureca a vontade percebeu que havia ido muito além, decidiu então aliviar a si mesma e mandou essa chuva de 3 dias, e foi como se pudéssemos ver por um breve instante a vontade remediando a si mesma. É interessante como a Vontade Schopenhauriana nos surpreende, ora nos afligindo, ora nos afagando,e esse talvez é seu jogo, e nós como meros espectadores, olhando tudo da primeira fila, assistimos seu espetáculo!