segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A chuva e Schopenhauer

Na Grécia antiga, as explicações sobre os fenômenos meteorológicos era atribuídas aos deuses, haviam deuses do vento, do mar, das tempestades, do sol, da chuva, etc.. Os antigos não conseguiam explicar racionalmente tais acontecimentos. O tempo foi passando e pouca coisa mudou, na idade média o culto aos deuses do tempo prevalecia. Só que um dia surgiu um filósofo que ousou explicar de outra maneira o mundo material, Arthur Schopenhauer. Segundo Arthur, o mundo é apenas a representação de uma vontade que seria a matriz de tudo, a essência do mundo. Essa vontade se manifesta de diferentes formas, indo da mais densa forma de matéria até os níveis mais sutis. O clima seria mais uma dessas facetas da vontade. Nos últimos dias Santa Cruz do Sul apresentou temperaturas absurdamente elevadas, com tal força que a parecia que a própria vontade estava se torturando, pois do outro lado estavam outras de suas manifestações, como as árvores, animais, os humanos, os rios, enfim, muitos sofrendo com sua perversa representação. Então, como que numa eureca a vontade percebeu que havia ido muito além, decidiu então aliviar a si mesma e mandou essa chuva de 3 dias, e foi como se pudéssemos ver por um breve instante a vontade remediando a si mesma. É interessante como a Vontade Schopenhauriana nos surpreende, ora nos afligindo, ora nos afagando,e esse talvez é seu jogo, e nós como meros espectadores, olhando tudo da primeira fila, assistimos seu espetáculo!